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Inteligência Competitiva em tempos de crise

Diante de um cenário como este, como devem se comportar os empresários?

Apesar de ser recomendação da boa escola de administração, nem sempre as decisões de uma empresa são precedidas de planejamento ou de um estudo de inteligência de mercado. Em épocas de vacas gordas, muitos empresários podem até se dar ao luxo de agir pelo “instinto” e ter bons resultados. Mas em épocas de crise, com tamanha oscilação e incerteza no mercado, agir pelo instinto pode ser fatal. 

E não há dúvidas de que estamos diante de um novo período de crise: no cenário externo, mercados amadurecidos como Europa e EUA estão à beira da recessão, enquanto o gigante chinês já dá sinais de que seu crescimento não continuará no ritmo acelerado de antes. No cenário interno, o governo tem dificuldade em manter o crescimento em um ritmo adequado, a carga tributária continua alta, e os níveis de inadimplência cada vez mais elevados mostram o preço alto que podemos vir a pagar pela recente farra de crédito fácil. 

Diante de um cenário como este, como devem se comportar os empresários? Para responder a uma pergunta como esta, só com planejamento e um estudo bem conduzido de inteligência competitiva. São as boas práticas de inteligência competitiva que vão permitir desenhar um panorama mais real do negócio, dos concorrentes e do mercado, ajudando o empresário a tomar decisões mais efetivas, livres de preconceitos, menos emotivas e, portanto, com maior probabilidade de acertos. 

Já dizia o ditado que tempo é dinheiro. Esta é apenas mais uma das inúmeras variáveis que devem ser monitoradas e analisadas em cada movimentação, para que a decisão seja tomada com fundamento e, principalmente, no tempo certo. Antecipar as decisões é uma das grandes vantagens da inteligência competitiva. Além disso, a IC permite a análise de todo o contexto, inclusive prevendo qual será a reação dos concorrentes. 

Não por acaso, um dos setores que mais investe em inteligência competitiva é a indústria farmacêutica. Além dos bilhões aplicados em pesquisa científica e desenvolvimento de novos produtos, os laboratórios investem em inteligência competitiva por saberem que, exatamente como o jogo de xadrez, para cada iniciativa haverá uma reação dos concorrentes. Que reação será esta? De qual proporção? Para cada pergunta, há um estudo de IC apontando para as respostas mais prováveis. 

Mas não devemos pensar que apenas as grandes empresas podem usar a Inteligência Competitiva para auxiliar os processos de decisão. Toda empresa, de qualquer porte, pode e deve buscar informações para embasar suas iniciativas. Muitas vezes, pequenos empresários se organizam em clusters para obter inteligência sobre um determinado setor e acabam encontrando a oportunidade de expansão que vai garantir seu crescimento, mesmo na crise. 

Portanto, se as notícias que você lê em seu jornal não são boas, está mais do que na hora de iniciar um processo de inteligência competitiva em seu negócio! Informe-se a respeito, tome a iniciativa. Acostume-se a monitorar seu negócio, seu mercado, seus concorrentes; aprenda a separar as informações que são relevantes; desenvolva análises objetivas e não deixe que preconceitos ou emoções conduzam a sua empresa. Use a Inteligência Competitiva a seu favor.


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