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Veja dicas para aumentar a lucratividade de sua empresa

Pequenos e médios empresários costumam ter, por natureza, custos enxutos, o que dificulta na hora de cortar despesas

Quando entra na zona de conforto, o empreendedor tem dificuldade para cortar custos. Para ele, tudo parece imprescindível. Nessa hora, para voltar a crescer é preciso de consultoria especializada ou mesmo de um sócio novo, que ajude a "cortar sem emoção".

Comentar 3Após os primeiros anos de estabelecimento de uma empresa, quando trabalhar no azul e as relações com funcionários, fornecedores e clientes passa a ser uma bem-vinda rotina, chega o momento de o empreendedor respirar fundo e analisar o seu negócio com pragmatismo. Não se trata, no entanto, de se acomodar. Mesmo em períodos de estabilidade e crescimento moderado - porém contínuo, como no atual cenário -, é essencial estudar como aumentar a lucratividade do negócio para deixá-lo numa posição ainda mais segura e com um leque de alternativas à mão para continuar crescendo. 

"No mundo de hoje, um empreendedor não pode se acomodar e ficar pequeno, senão perde para o concorrente na negociação com o fornecedor e não terá como pagar bons profissionais. O empresário deve ter clareza que tem de aumentar sua receita, sempre", explica Luiz Antonio Secco, da consultoria Azov, especializada em varejo. 

Segundo ele, pequenos e médios empresários costumam ter, por natureza, custos enxutos, o que dificulta na hora de cortar despesas. Mesmo assim, podem buscar alternativas para diminuir seus gastos e aumentar a receita para que a empresa salte para patamares mais elevados. "Antes de tudo, reze, porque 80% dos novos negócios no Brasil fecham as portas em até três anos", brinca o consultor. 

1) Foque naquilo que realmente importa

"Existem algumas frases aparentemente óbvias, mas que não deixam de ser verdadeiras. "Foque nas coisas mais importantes", por exemplo. "Aumentar as vendas e reduzir gastos evitáveis é outra", destaca Secco. Ele explica que muitas vezes o tempo investido para enxugar custos a qualquer preço não paga o trabalho que poderia ser empregado em outras atividades da empresa ligadas às vendas. 

2) Construa uma base de clientes

"Ninguém tem dinheiro para propaganda ou marketing quando é pequeno. Então, é preciso apostar na construção boca-a-boca", sugere Secco. Quando investir em anúncios na mídia local ainda é uma possibilidade longínqua, o consultor recomenda que se concentre a comunicação visual na própria loja. Além disso, promoções de fidelização servem para solidificar sua base de clientes. "Faça uma lista de clientes que podem parcelar o pagamento, ou ter 20% de desconto. Faça o comprador se sentir especial", sugere. Essas são algumas técnicas básicas do chamado CRM (Customer Relashionship Management), conjunto de técnicas que têm em vista exatamente criar uma relação duradoura com o cliente, que torne o investimento em publicidade menos necessário. 

3) Peça ajuda a alguém de fora

"O empresário, depois de alguns anos, entra numa zona de conforto. Ele se acostuma com certas despesas e acha que não pode abrir mão delas", explica Secco. Segundo o consultor, nesse ponto cortar custos com viagens que não sejam absolutamente necessárias, marketing, cargos que se sobrepõem e fornecedores se torna uma operação demasiado dolorosa para que o proprietário consiga fazê-la de forma isenta. Ele diz que o problema é comum mesmo entre empresários experientes e, por isso, recomenda que se procure um consultor ou mesmo um sócio novo que ajude a "cortar sem emoção". 

4) Mude o ponto de seu negócio

"Essa é outra área em que entra o lado pessoal. Muitas empresas ficam num ponto caro porque se acostumaram com ele", diz Secco. Para ele, é importante que analisar friamente os prós e contras de permanecer em um determinado local. Para alguns tipos de lojas, como restaurantes e varejistas, deve-se sempre calcular que se por um lado a mudança reduz o preço do aluguel, por outro exige um esforço para manter a base de clientes, ou mesmo criar uma nova. Já escritórios devem considerar também o custo da mudança para seus funcionários, ou podem acabar perdendo capital humano. 

5) Reveja os contratos com seus fornecedores

Renegociar os preços com fornecedores passa por oferecer melhores condições para eles. Isso significa, na maioria das vezes, aumentar o volume das compras. Uma alternativa para não aumentar os gastos é unificar aquelas que eram feitas com mais de uma fonte no fornecedor que oferecer a melhor oferta. Outra alternativa é trocar o fornecedor nacional por um estrangeiro. "Comprar da China virou opção em muitos setores. Muitos produtos estrangeiros têm um bom preço, principalmente por causa do real valorizado", exemplifica Secco. 

6) Congele gastos

Quando um negócio está crescendo sem aumentar os gastos, consegue otimizar seus custos. Investindo o mesmo dinheiro, obtém uma receita maior - o que é por si só uma forma de aumentar os lucros. "Se a empresa cresce 20% ao ano e não aumenta os custos, ela está aumentando os lucros com a diminuição do custo relativo das vendas", explica Secco. 

7) Escolha o melhor regime fiscal para sua empresa

"O sistema tributário para empresas médias e grandes é muito complexo, porque varia de acordo com a legislação de cada região, tipo de negócio e tamanho da empresa", diz o consultor. Ele pondera, no entanto, que, quando a empresa ainda se encaixa no perfil das pequenas e micros não há dúvida sobre o regime perfeito: o Simples Nacional. 

Microempresas são aquelas com receita bruta anual igual ou menor a R$ 240 mil. As empresas de pequeno porte possuem uma receita que vai de R$ 240 mil a R$ 2,4 milhões anuais. O Simples unifica num único documento o pagamento de sete impostos, o que ajuda na hora da organização contábil.


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