A presença feminina no mercado financeiro cresceu nos últimos anos, mas é fato que o mundo das finanças ainda é predominantemente masculino. Levantamento feito em 2023 pela Chartered Financial Analyst (CFA), uma certificação fundamental para atuar no mercado financeiro no Brasil, indica que as mulheres são apenas 11% do total de profissionais certificados. Além disso, segundo a Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), dos 1313 analistas CNPI credenciados, apenas 14% são mulheres.
Em contraponto a esse cenário, a Opea, plataforma de serviços de crédito via mercado de capitais, tem trabalhado para estimular a participação feminina na empresa que, atualmente, tem 41% de mulheres em seu quadro de colaboradores e 36% de suas lideranças do sexo feminino, incluindo cargos de gerência e direção. No Conselho Executivo da empresa, elas representam 40%. A meta é que até 2025, o percentual seja de, ao menos, 50% de mulheres nos cargos de liderança e entre o total de colaboradores, explica Flavia Palacios, CEO da Opea.
Das 1.436 operações (sendo 262 CRAs, 128 CRIs, 4 CRs, 42 Debêntures e 8 FIDCs) já realizadas pela empresa em sua história, todas contaram com a participação de mulheres. O número é verificado pela Opea e indicado ao mercado por meio do selo Atena. Criado em 2023, a iniciativa tem como objetivo estimular, disseminar e contabilizar o papel de suas mulheres em operações que atingem e mudam a realidade de organizações em todo o país.
“Lembro de como, no início da minha carreira, sentia falta de me espelhar em outras mulheres no segmento”, relata Flavia Palacios, CEO da Opea. “O Selo Atena ajuda a trazer esse reconhecimento, além de atestar nossa convicção na construção de um mercado financeiro mais diverso com mais espaço para todas as origens e saberes”, afirma.
Segundo Thiene Nedel, CHRO da Opea, a empresa estabeleceu uma cultura favorável à flexibilidade e excelência que potencializam a diversidade e atração de mulheres. “Contamos com ações e iniciativas para atrair mulheres para o mercado financeiro”, explica. “Prezamos pelo equilíbrio entre a vida profissional e pessoal e isso começa na liderança, que estimula o crescimento e presença de mais mulheres. Nosso desafio é manter nossa essência e cultura que de fato são grandes diferenciais”, finaliza.
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