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Dólar fecha em alta com novos adiamentos de contratos pelo BC

Moeda norte-americana subiu 0,09%, a R$ 2,1819. Há expectativa de manutenção de estímulos do Fed e rolagens pelo BC

 Sem grandes novidades e com os investidores mantendo suas expectativas sobre os próximos passos do Federal Reserve, banco central norte-americano, e sobre a rolagem dos swaps que vencem em novembro no Brasil, o dólar fechou em leve alta ante o real nesta terça-feira (29).

Na semana, o dólar caiu 0,31% e no mês, 1,55%. No ano, a moeda subiu 6,71%.

Fed

Na cena externa, investidores trabalhavam com a expectativa de que o Fed irá adiar a redução do seu programa de compra de ativos, no valor de US$ 85 bilhões mensais, pelo menos  até o início do próximo ano, corroborando maior liquidez nos mercados internacionais.

Com isso, aguardavam a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed, que acontece nesta terça e quarta-feira, em busca de sinais sobre o futuro da política monetária norte-americana.

"O grande destaque da semana fica para a reunião do Fomc", afirmou à Reuters o gerente de análise da XP Investimentos, Caio Sasaki. "A redução dos estímulos acabou sendo  postergada e a expectativa é de que ela ocorra só no ano que vem, com alguns contratempos como a paralisação do governo norte-americano tendo colaborado para isso", explicou.

Rolagens parciais do BC

No Brasil, expectativas de que o BC não rolará todos os contratos de swap cambial tradicional equivalente à venda de dólares no mercado futuro com vencimento em 1º de novembro também refletiram as negociações neste pregão. Para alguns operadores, a rolagem deverá ser parcial devido à entrada de recursos no país decorrente do leilão de Libra, que exige o pagamento de bônus de R$ 15 bilhões no total.

Na semana passada, a petroleira francesa Total informou que trará recursos de fora do país para pagar sua parcela no bônus do leilão de Libra, equivalente a R$ 3 bilhões.

Para o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca, o BC não deve rolar integralmente os contratos e, com a ajuda dos recursos do leilão de Libra, o dólar deve ser manter em torno de R$ 2,20.

"Na minha visão, eu acho que o BC não vai rolar integralmente (os contratos), porque ele quer manter o dólar em R$ 2,20, um bom nível para os exportadores", disse à Reuters.

Nesta terça-feira, o BC deu continuidade à segunda série de rolagem dos contratos com vencimento no início do próximo mês, com a oferta de até 20 mil contratos datados para 2 de maio de 2014 e 1º de outubro de 2014.

Os contratos com vencimento em 1º de novembro somam o equivalente a US$ 8,87 bilhões. Na segunda-feira, foram vendidos 20 mil contratos e na semana passada foram vendidos mais 60 mil, distribuídos igualmente entre três leilões, totalizando cerca de US$ 4 bilhões.

Mais cedo, o BC realizou mais um leilão de swap cambial tradicional, previsto em seu cronograma diário de atuações, com a venda de mil contratos com vencimento em 5 de março de 2014 e 9 mil contratos com vencimento em 2 de junho de 2014. Os volumes financeiros equivalentes das operações foram de US$ 49,8 e US$ 446,5 milhões, respectivamente.


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