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Celular deve ficar mais caro após fim do bloqueio, diz Claro

Presidente da operadora diz que empresa já não compra mais aparelhos para oferecer com subsídios a clientes

Fonte: Estadão
Tags: telefonia

Os preços dos aparelhos celulares negociados por operadoras que ofereciam subsídios em troca de contrato que vinculava o cliente à empresa por determinado período devem subir, de acordo com o presidente da Claro, João Cox. A alta viria em função da proibição pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de bloqueio do celular para uso de serviço de outra operadora que não a que concedeu o subsidio.

"Sempre defendi que o desbloqueio deve ser uma opção do cliente: quer aparelho subsidiado bloqueado ou sem subsídio desbloqueado?", disse. Cox informou que a Claro já não compra mais aparelhos para oferecer com subsídios a clientes. "O subsídio é uma antecipação do fluxo de caixa que (a operadora) vai ter", disse Cox, ligando o subsídio ao período de bloqueio.

"A ideia que prevaleceu foi a da empresa que aumentou os preços para o cidadão", disse Cox. A decisão da Anatel veio depois de campanha pelo desbloqueio iniciada pela Oi. Cox declarou que "a tendência é de redução substancial das vendas de aparelhos" e citou que não haverá mais promoções para o cliente trocar de celular de graça, com o custo pago pela operadora.

No entanto, ele também previu que o número de linhas ativas no mercado de telefonia móvel como um todo crescerá em cerca de 20 milhões, mais de 10% do total do ano passado, que, de acordo com ele, foi de cerca de 170 milhões. Segundo Cox, "o mercado continuará crescendo muito porque estamos ainda no período Jurássico da telefonia". De acordo com ele, a tecnologia ainda evoluirá muito. A Claro continuará investindo em capacidade para atender a maior número de clientes e quer aumentar sua participação no mercado, que está em torno de 25%.

O presidente da Claro disse ainda que é importante para o País ter infraestrutura de banda larga e disse não ter nada contra a participação de uma estatal na área. Desde que, no entanto, a empresa pública consiga oferecer serviços mais baratos tendo as mesmas condições de negócios que as privadas. Cox deu as declarações em entrevista coletiva após participar do 7º Encontro Brasileiro de Agências de Publicidade (Ebap).


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