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Mais pobres querem, mas não têm seguro

O Centro de Políticas Sociais da FGV apresentou também ontem uma pesquisa sobre o setor de seguros voltado para a população de baixa renda.

O Centro de Políticas Sociais da FGV apresentou também ontem uma pesquisa sobre o setor de seguros voltado para a população de baixa renda. A conclusão é que há uma demanda reprimida para esse serviço no Brasil, mas é necessário desenvolver alternativas que permitam ao trabalhador mais pobre e do setor informal ter acesso a um seguro.

Com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, de 2003, foi possível identificar que 17% dos brasileiros têm algum tipo de seguro privado -de saúde, carro, vida ou residência.

Como de 2003 a 2009, segundo cálculos de Marcelo Neri, da FGV, 27 milhões de brasileiros foram incorporados às classes C, D e E (aquelas com renda domiciliar total abaixo de R$ 4.807), o economista aponta que o mercado de seguros no país teve bastante campo para se expandir no período.

Neri afirma, no entanto, que os seguros privados estão altamente concentrados na população de maior renda. O desafio, segundo ele, é fazer chegar esses produtos aos brasileiros mais pobres, justamente aqueles que mais precisam de seguro para se precaver das oscilações no mercado de trabalho.

Ele citou estudo do Banco Mundial que aponta que razões de saúde são um dos principais fatores a levar pessoas à pobreza, uma situação que pode ser evitada quando o trabalhador tem acesso a um plano de saúde.

"O microsseguro pode representar para a economia o que o microcrédito foi nos últimos 20 anos", diz.


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