A economia brasileira deve crescer 2,3% em 2014, acima do nível previsto para este ano, de 2%, de acordo com projeções econômicas divulgadas ontem, pelo instituto The Conference Board e classificadas por seus economistas como decepcionantes.
O instituto também divulgou um conjunto de previsões da economia brasileira para prazos mais longos. Para o período 2014/2019, a projeção é que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil tenha expansão média de 2,9% ao ano. Já para 2020/2025, a aposta está em 2,8% em média ao ano.
Na avaliação do economista-chefe do Conference Board, Bart van Ark, o crescimento fraco do PIB da maioria dos mercados emergentes foi a maior surpresa negativa de 2013. No final do ano passado, disse ele, já se previa que a expansão da atividade fosse se desacelerar, mas os dados de países como Brasil, México e Índia acabaram surpreendendo.
A perspectiva de mudança da política monetária nos Estados Unidos, destaca van Ark, acabou afetando muito o Brasil e demais países com situação mais fraca na balança de conta corrente, como a Índia. Além da questão conjuntural, sobretudo do cenário mais volátil na economia mundial este ano, van Ark destaca que fatores estruturais impedem um maior crescimento dos emergentes, como a infraestrutura deficiente.
Em 2014, o economista destaca que o Brasil e outros emergentes, como o México, vão se recuperar, mas ainda vão decepcionar em termos de crescimento, pois a melhora será de apenas alguns poucos pontos porcentuais. Por isso, a previsão do Conference Board é que boa parte da expansão mundial no ano que vem venha de países avançados, como os Estados Unidos.
A previsão do instituto é que a economia mundial cresça 3,1% em 2014, acima dos 2,8% de 2013. "No geral, o crescimento econômico este ano ficou abaixo mesmo das projeções mais cautelosas", disse o economista.
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