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Empresas não utilizam o feedback de forma eficiente

Para consultora, muitos vinculam assuntos de trabalho a questões pessoais; obra visa a aconselhar gestores e orientar funcionários

O uso do feedback como ferramenta para desenvolver potenciais individuais e coletivos nas equipes de trabalho ainda não é bem utilizado pelas empresas brasileiras. Essa é uma das conclusões da psicóloga e consultora empresarial Simoni Missel, autora do livro “Feedback Corporativo - como saber se está indo bem”.

A obra, que será lançada na quarta-feira, às 19h, na Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi, em Porto Alegre, é o resultado de uma pesquisa feita com 427 líderes de 249 empresas sobre a utilização do feedback no meio de trabalho. Conforme Simoni, o livro tem o objetivo de aconselhar gestores em como informar seus funcionários e colegas sobre a avaliação de seus desempenhos. “A intenção é divulgar técnicas e metodologias para realizar isso de forma correta, estabelecendo relacionamentos nas empresas que auxiliem os funcionários a melhorar efetivamente suas atuações profissionais.”

De acordo com a autora, os brasileiros ainda vinculam assuntos de trabalho a questões pessoais, e por isso têm dificuldades em lidar com o feedback. “Muitas vezes, os líderes temem falar com seus subordinados e colegas sobre suas atividades por que têm medo de ofendê-los, magoá-los. Os brasileiros ainda confundem muito as relações de amizade com as profissionais, e isso prejudica o desenvolvimento de uma cultura empresarial no País.”

Simoni lembra que uma pesquisa apresentada no livro aponta que 87,2% dos entrevistados confiam no feedback como ferramenta para melhorar a performance de suas equipes, mas 37,8% admitem que não têm abertura para discutir problemas com seus colaboradores. “Praticamente todos eles acreditam que o feedback é importante para aumentar a motivação e produtividade de seus funcionários, mas quase metade não coloca isso em prática no dia a dia.”

No entanto, a consultora empresarial aponta que as novas gerações de profissionais estão mais preocupadas em obter retornos confiáveis de seus superiores a fim de desenvolver os seus desempenhos. “Os jovens são ambiciosos e querem saber o que estão fazendo de forma correta no ambiente de trabalho e como melhorar o que não é satisfatório. Por isso, é importante que os gestores saibam como dar respostas apropriadas a seus colaboradores.”

Segundo Simoni, é importante também que os líderes saibam expressar suas opiniões sobre os funcionários sem que isso seja encarado como um julgamento sobre a pessoa. “Ao dar um feedback, é preciso saber manter isso apenas como uma avaliação profissional, e não uma crítica ofensiva ao colaborador”, explica.


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