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Brasileiros estão mais confiantes com o Open Finance

60 milhões de brasileiros devem participar deste ecossistema até 2025

Fonte: A Autora

O Open Finance é um sistema financeiro aberto por meio de soluções digitais e com participação de diversas organizações do ecossistema financeiro. A implementação no Brasil aconteceu em 2021 e, de lá para cá, diversos avanços aconteceram.

Com crescimento constante e acelerado, no primeiro trimestre de 2023, foram adicionados por mês, em média, cerca de 3,2 milhões de novos consentimentos para o sistema, sendo a maioria de pessoas físicas. Segundo a pesquisa pesquisa Open Finance Brasil, realizada pela Ipsos e encomendada pela TecBan, em 2021, mais de 45% dos usuários se mostraram preocupados, mas em 2023 o percentual caiu para 34%, um avanço notável.

Segundo a consultoria Oliver Wyman, 60 milhões de brasileiros devem participar deste ecossistema até 2025. Esses números colocam o Brasil entre os países com maior adesão ao sistema e, em breve, deve superar o Reino Unido na liderança do ranking “Global Open Finance Index” em relação ao desenvolvimento do ecossistema de compartilhamento de dados.

O Brasil é referência mundial na implementação do sistema, porém ainda há muitas dúvidas acerca do tema.

“O Open Finance tem como proposta o compartilhamento de informações entre instituições financeiras do mercado, como bancos, corretoras e distribuidoras de câmbio, seguros e investimentos, seguradoras, entidades de previdência e adquirência”, explica Alan Mareines, CEO da Lina Open X.

Uma evolução do Open Banking, o Open Finance tem objetivo semelhante à versão anterior: conceder ao cliente a possibilidade de compartilhar seus dados com outros bancos e instituições financeiras. “Porém, o Open Finance reúne um portfólio de possibilidades de compartilhamento mais completo, o que inclui: câmbio, investimentos, seguros e previdência”, destaca o especialista.

Alan Mareines aponta quatro dos principais mitos e verdades sobre o Open Finance:

“Meus dados não estarão seguros”

Há um temor de que, a partir do consentimento, os dados fiquem expostos. Mas a realidade é justamente o oposto: as empresas só podem ter acesso aos dados dos consumidores se estiverem autorizadas por ele, dando mais controle ao cliente. Existem várias regras de governança e também leis que as instituições participantes precisam seguir para poder usufruir do ecossistema.

Quando o cliente autoriza o compartilhamento, é obrigação da instituição informar para qual finalidade os dados serão utilizados, além de especificar quais são esses dados exatamente. O consumidor pode escolher por quanto tempo os dados serão utilizados, e as informações ficam protegidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e pela Lei do Sigilo Bancário.

“Vai ser mais uma tarifa que precisarei pagar”

O compartilhamento de dados não tem nenhum custo ao consumidor, nenhuma cobrança é feita nesse sentido, pois a ideia é justamente incentivar que o cliente possa optar por compartilhar essas informações.

“Assim que compartilhar os dados, passarei a receber ofertas e propostas indesejadas”

Na verdade, o que tende a acontecer é justamente o contrário. Quanto mais informações o sistema tem, a partir do histórico financeiro do cliente, mais personalização o Open Finance tem a oferecer, enviando com mais precisão as ofertas de crédito ou de produtos que de fato fazem sentido. Esse é um dos grandes diferenciais do sistema.

Importante ressaltar que a personalização é benéfica para o consumidor e também para a empresa, que muitas vezes por oferecer opções genéricas na ausência de dados personalizados, acaba por perder a chance de venda do produto ou serviço.

“Uma vez compartilhados meus dados, nunca mais terei opção de remover o compartilhamento”

A qualquer momento, o consumidor pode solicitar a interrupção do compartilhamento de dados. A opção de reverter o compartilhamento pode ocorrer por diversos motivos, e o cliente pode fazer isso quando quiser. A instituição, por sua vez, perde o direito de utilizar os dados.

A Febraban aponta que mais de 90% das instituições pretendem expandir parcerias até o fim de 2023, com o intuito de prover ao consumidor serviços mais completos e entrar em segmentos novos como forma estratégica de agregar valor, complementar jornadas e consolidar a busca constante pela inovação.


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