• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Reforma do IR: Lira quer retomar proposta de Guedes com a taxação de dividendos

Plano do relator é incorporar ao novo texto dispositivos que criam uma alíquota de 15% sobre lucros e dividendos, conforme previsto na proposta aprovada em 2021

O projeto de reforma do Imposto de Renda (IR), que isenta contribuintes com renda mensal de até R$ 5 mil, deverá sofrer alterações significativas na Câmara dos Deputados. O relator da proposta, deputado Arthur Lira (PP-AL), já articula o resgate de trechos de um projeto anterior aprovado pela Casa em 2021, durante sua presidência, que acabou travado no Senado. As informações são do jornal O Globo.

O plano do relator é incorporar ao novo texto dispositivos que criam uma alíquota de 15% sobre lucros e dividendos, conforme previsto na proposta elaborada à época pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes.

“Nós estamos encontrando esse caminho, construindo juntos. Penso que nós vamos ter boas novas a divulgar brevemente”, disse o ministro.

A taxação, contudo, não atinge empresas do Simples Nacional nem optantes do lucro presumido que faturam até R$ 4,8 milhões por ano. Além disso, lucros de até R$ 20 mil mensais distribuídos por pequenos negócios ou entre integrantes do mesmo grupo econômico permaneceriam isentos.

Negociação e mudanças em estudo

Lira deve se reunir com o grupo técnico da Câmara nesta terça-feira (8) para discutir os caminhos da proposta. O texto tramitará por uma comissão especial, com prazo de até 45 dias para apresentação e votação do relatório. O colegiado ainda será instalado.

O presidente da Câmara também tem dialogado com líderes partidários para garantir uma tramitação mais célere e alinhada com os interesses políticos da Casa. Já há sinalização de apoio à revisão de benefícios fiscais como forma de compensar perdas de arrecadação e evitar o aumento da carga tributária. Entre os incentivos que podem ser revistos estão:

  • Isenção de IR sobre auxílio-moradia de agentes públicos;
  • Crédito presumido para produtores e importadores de medicamentos;
  • Alíquotas zeradas sobre produtos químicos e farmacêuticos;
  • Desoneração de termelétricas a gás natural e carvão mineral.

Governo e Congresso buscam consenso

A proposta original enviada pelo governo Lula no mês passado prevê uma renúncia de cerca de R$ 26 bilhões por ano com a ampliação da faixa de isenção. Para compensar a perda, o Ministério da Fazenda propôs taxar em 10% os brasileiros com renda anual superior a R$ 1,2 milhão, o que ainda encontra resistência no Congresso.

A expectativa é que a Câmara proponha um modelo mais diluído de progressividade, preservando isenções para setores estratégicos e pequenos empresários, enquanto tenta avançar em uma pauta que tem forte apelo popular, mas efeitos sensíveis sobre as contas públicas.