A missão de encontrar os futuros líderes de uma organização nunca foi tão desafiadora para os departamentos de Recursos Humanos. Com o aumento expressivo no volume de currículos e a pressão por processos seletivos mais ágeis e assertivos, captar os talentos certos — especialmente no início da carreira — virou um exercício estratégico para as empresas que querem se manter competitivas.
De acordo com Raissa Florence, cofundadora e Diretora de Growth da universidade corporativa Koru, um recrutamento eficaz de trainees precisa ir muito além da triagem tradicional de currículos. É preciso ter clareza sobre o que a organização busca, valorizar o potencial de desenvolvimento e criar uma jornada de seleção que reflita os desafios e a cultura da empresa.
“Um processo seletivo bem-sucedido precisa estar alinhado aos objetivos estratégicos da companhia. Não basta avaliar apenas competências técnicas; é essencial olhar para o potencial de crescimento e a capacidade de adaptação dos candidatos”, explica Raissa, que já acompanhou programas de empresas como O Boticário, Havaianas, iFood, XP e Ambev.
A seguir, ela aponta seis aspectos fundamentais que o RH precisa observar para aprimorar os processos de seleção de trainees e evitar erros que ainda são comuns no mercado:
Segundo Raissa, um dos maiores equívocos ainda é iniciar programas de trainee sem um propósito bem definido.
“Se a empresa não sabe exatamente o que espera desses talentos, corre o risco de contratar perfis desalinhados aos seus valores e estratégias”, alerta. O RH precisa mapear desde o início quais habilidades técnicas e comportamentais serão valorizadas — e isso deve estar refletido nas etapas do processo.
A especialista critica os métodos ultrapassados e excessivamente formais, que ainda são comuns em muitas seleções.
“Apostar apenas em provas escritas e entrevistas tradicionais reduz a chance de identificar talentos inovadores, adaptáveis e criativos”, diz. Para ela, incluir dinâmicas que simulem desafios reais da empresa é uma maneira mais eficiente de avaliar competências práticas e comportamento em equipe.
Outro erro frequente é exigir habilidades avançadas em ferramentas ou softwares que fogem da realidade de quem ainda está começando a carreira.
“O programa de trainee deveria ser uma oportunidade de aprendizado e desenvolvimento, e não uma busca por profissionais prontos”, ressalta Raissa. Exigir demais logo de início pode afastar talentos promissores e comprometer a diversidade do processo.
Programas que não priorizam a pluralidade de perfis e experiências correm o risco de formar times homogêneos, pouco inovadores e limitados na resolução de problemas.
“Equipes diversas, com diferentes formações, origens e trajetórias, trazem novas perspectivas e fortalecem a inovação organizacional”, destaca.
Dar retorno aos candidatos, especialmente aos que não avançam no processo, é uma prática que impacta diretamente a marca empregadora.
“Quando a empresa se posiciona de maneira respeitosa e transparente, ela fortalece sua imagem e aumenta a chance de atrair novamente bons candidatos no futuro”, reforça Raissa.
Não basta recrutar — é preciso engajar e reter. Um programa de trainee de sucesso inclui um onboarding acolhedor, líderes próximos e um ambiente de confiança para a troca de ideias.
“O acompanhamento constante e a receptividade dos líderes fazem toda a diferença para que o trainee se sinta parte da cultura organizacional e tenha coragem de contribuir de forma ativa”, conclui.
Para o RH brasileiro, que enfrenta desafios de alta competitividade, transformação cultural e retenção de talentos, aprimorar os processos de recrutamento de trainees não é apenas uma demanda de curto prazo — é uma aposta estratégica para garantir o futuro da liderança organizacional.
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