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4 áreas de internet das coisas para empreendedores ficarem de olho

Alexandre Villela, diretor-geral da Qualcomm Ventures, apontou tendências do setor durante o Congresso Anjos do Brasil

Para quem não conhece, a expressão internet das coisas(IoT) pode parecer coisa de outro mundo. Mas ela está presente em temas que ouvimos falar cada vez mais: a conexão de dispositivos que podem executar tarefas no nosso lugar. A Alexa, assistente virtual da Amazon, está entre os exemplos mais conhecidos dessa tecnologia.

Embora o Brasil ainda esteja atrás de países como os EUA no uso da internet das coisas, ela está mais presente e será mais procurada daqui para frente.

Por isso, a área pode ser fonte de oportunidades de negócios para os empreendedores. É o que aponta Alexandre Villela, diretor-geral da Qualcomm Ventures. Ele palestrou durante o Congresso de Investimento Anjo 2019 (CIA 2019), realizado nesta quarta-feira (26/6) pela Anjos do Brasil.

Durante a apresentação, Villela apontou tendências, oportunidades e desafios desse setor. Como investidor, ele também citou áreas com grande potencial de atrair recursos.

"Esse mercado movimenta mais de US$ 3 bilhões por ano em todo o mundo. Há um grande apetite de investidores", diz. Segundo ele, a união entre inteligência artificial e IoT é uma das tendências mais exploradas entre as gigantes da área.

Em sua visão, há quatro áreas com especial potencial no Brasil:

Residencial. Necessidades relacionadas à segurança e ao conforto trazem necessidade e busca por recursos como alarmes, porteiros e sistemas de câmeras inteligentes.

Industrial. Com um baixo nível de automação e a busca por competitividade das indústrias, a área tem espaço para crescer. Robôs e sistemas automatizados são alguns dos recursos envolvidos.

Agricultura inteligente. O potencial brasileiro na agricultura e pecuária traz oportunidades em áreas como a gestão de gado e colheita; gestão de ativos, como maquinários; controle de pesticidas e automação de veículos agrícolas.

Cidades inteligentes. Buscando eficiência operacional e redução de custos, clientes devem buscar cada vez mais recursos como reconhecimento visual de placas, controle de acesso a condomínios e estacionamentos inteligentes.

Desafios

Apesar dos potenciais, quem aposta na área de internet das coisas deve desviar de alguns desafios e erros comuns. Desenvolver soluções excessivamente customizadas, sendo Villela, é um desses exemplos.

"Quando a solução é muito específica, é preciso começar quase do zero para replicá-la em outro cliente", diz ele. O problema gera altos cursos de aquisição de clientes e dificulta a escalabilidade do negócio.

Desenvolver soluções que demandam altos investimentos em hardware ou instalações complexas também é um empecilho. "São produtos interessantes, mas extremamente nichados", aponta o executivo. "No contexto residencial, o próprio usuário tem que ter a capacidade de instalar os produtos que comprar".


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