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Começa hoje período para participar de oferta da Petrobras

Vale a pena apostar na capacidade da Petrobras em explorar o petróleo da camada pré-sal?

Depois de mais de um ano de idas e vindas, com adiamentos e debates acalorados sobre o preço do barril de petróleo do pré-sal, a megaoferta de ações da Petrobras finalmente está na rua. Começa hoje o período para os investidores, acionistas da estatal ou não, fazerem seus pedidos de reserva para os papéis. E agora? Vale a pena apostar na capacidade da Petrobras em explorar o petróleo da camada pré-sal?

Para quem espera ganhos no longo prazo (no mínimo cinco anos), a oferta é uma boa oportunidade de comprar ações da Petrobras a um preço atrativo, avalia Priscila Simon, sócia da gestora Victoire Brasil Investimentos. "A Petrobras é a única empresa no mundo com grandes reservas para explorar, e isso tem muito valor", diz ela, ressaltando, contudo, os desafios técnicos de essa exploração. "O potencial é muito grande, mas é preciso lembrar que o risco do negócio aumentou."

Com boas perspectivas para o longo prazo, a ação da Petrobras não é recomendada para quem pensa no curto prazo, alerta Priscila. Depois da oferta, não deve haver muitos investidores afoitos a comprar ações da Petrobras. "A ação não deve se valorizar muito nos próximos seis meses", diz.

Para Marcelo Pereira, sócio da Tag Investimentos, embora a ação esteja "descontada", o acionista não deve acompanhar a oferta apenas com o propósito de não ser diluído. "A diminuição da participação dos minoritários não mexe com o bolso do pequeno acionista", afirma.

Antes de participar da oferta, o acionista deve avaliar se faz sentido aumentar a parcela de ações da estatal em sua carteira, afirma Pereira. No caso de quem comprou as ações com recursos do FGTS, a recomendação é aderir apenas se não houver necessidade de sacar os recursos em menos de cinco anos. "Quem pode utilizar o fundo em um prazo de dois anos, para comprar um imóvel, por exemplo, não deve arriscar."

Quem não é acionista, contudo, tem uma ótima oportunidade na oferta, diz Pereira. Ele acredita que as ações, após o fim da oferta, devem subir, já que estão muito depreciadas em relação ao Índice Bovespa. No ano, o papel preferencial (PN, sem voto) da Petrobras amarga queda de 23,33%, enquanto a bolsa cai 2,60%.


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