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Em ritmo menos intenso, emprego continua a crescer

Foram abertas 212.952 vagas, em junho. Resultado bom,mas não recorde.

O saldo líquido de empregos criados com carteira assinada no País em junho foi de 212.952, o segundo melhor resultado para o mês. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a geração de vagas superou as demissões em 1.473.320 postos formais no período de janeiro a junho de 2010. Foi o melhor semestre da história do Caged. O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, já havia adiantado que, com os dados de junho, o saldo total de novas vagas na primeira metade do ano seria de cerca de 1,5 milhão.

O objetivo do governo é atingir 2,5 milhões de empregos novos com carteira assinada neste ano e fechar a "admistração Lula" com saldo total de 15 milhões de contratações.

Apesar de positivo, o resultado de junho interrompeu uma série de cinco meses de recorde. Mas Lupi disse que, apesar do número mais baixo, em relação a meses anteriores, não se trata de uma queda. Ele explicou que parte desse movimento deve-se ao término de obras da construção civil e parte à diminuição de contratações no setor de serviços, em especial, de educação, em virtude das férias escolares.

Para o ministro, o dado de junho não gera qualquer preocupação em relação à economia brasileira ou ao mercado de trabalho. "O Brasil terá um dos melhores segundos semestres da história. Será um saldo de emprego de mais de 1 milhão de vagas." 

Para o resultado deste mês, Lupi voltou a fazer um prognóstico otimista. "Não posso afirmar que voltará a ser recorde, mas a safra da soja começa a crescer", exemplificou.

Setores – O setor de serviços foi o que criou a maior quantidade de postos formais no primeiro semestre. Já a agricultura foi a que registrou a taxa mais expressiva de crescimento. No período, foram geradas 490.028 vagas. A indústria de transformação abriu 394.148 oportunidades, a construção civil (230.019) e o comércio (144 135). Já o setor agrícola apresentou saldo líquido de 175.050 vagas formais, aumento de 11,98%. Na administração pública, o volume de vagas cresceu 21.277,  um "aumento modesto".

Regiões – O Sudeste criou mais da metade das vagas formais no primeiro semestre. Os estados que compõem a região apresentaram um saldo líquido total de 894.012 postos com carteira assinada, ante um volume de 1.473.320 vagas verificadas em todo o País. Atrás vieram Sul (271.938), Centro-Oeste (136.008 ), Nordeste (113.194) e Norte (58.168).

O Sudeste também manteve a liderança quando são observados os dados de junho quando foram criadas 123.823 vagas. O resultado foi positivo, também, nas outras quatro regiões: Nordeste (37.365), Sul (24.410), Centro-Oeste (17.294) e Norte (10.060).

O interior empregou mais trabalhadores com carteira assinada na primeira metade do ano do que as regiões metropolitanas. "Em parte, isso ocorreu por causa do ciclo agrícola", comentou Lupi.

As áreas metropolitanas foram responsáveis pela criação líquida de 513.530 postos de janeiro a junho, enquanto o interior por 677.585 vagas. No mês de  junho, os dados mostraram que, em São Paulo, a geração de empregos foi de 70.265 postos, o segundo melhor desempenho da série para o período.

Salários – O salários médios de admissão apresentaram um aumento real de 4,86% no primeiro semestre deste ano na comparação a igual período do ano passado (leia mais abaixo). Nesse intervalo, o valor subiu de R$ 783,08 para R$ 821,13. "Foi um crescimento acima da inflação. Isso é prova inequívoca da aceleração da economia", disse Lupi. Para o ministro, o indicador continuará forte no segundo semestre deste ano.

 


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