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Especial Gestão de Pessoas: como conduzir a demissão

Vladimir Araújo fala sobre a importância dos conhecimentos burocráticos e humanos do processo

Demissão implica inevitavelmente em um momento desagradável para todos os envolvidos. O gestor, mais conhecido nessa hora como o “demissor”, é o encarregado de transmitir a má notícia ao profissional que está sendo desligado. Já ele – “o demitido” – é obrigado a encarar a dura e irremediável realidade.

Apesar do desconforto, essa situação é bastante recorrente no dia a dia do trabalho. Dessa forma, é de suma importância que ambos os lados estejam preparados para enfrentá-la.

De acordo com o diretor de Projetos da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Vladimir Araújo, a dica mais importante para que o gestor conduza o anúncio de demissão da melhor maneira possível é primar pela sinceridade, dignidade e respeito. “É importante que o líder se coloque no lugar do outro para não cometer excessos”, afirmou.

A justificativa tem que estar bem embasada e de acordo com as avaliações de desempenho do profissional. “Não se pode fazer comparações nessa hora. Os motivos não devem estar relacionados com questões externas à companhia, como crise mundial por exemplo. Os fatores têm d ser listados e bem explicados”, disse Araújo. 

Além disso, é importante evitar que as causas estejam relacionadas com questões pessoais. Segundo o consultor, isso é o que costuma deixar as pessoas mais magoadas e desestabilizadas.

“Vale a pena abrir um espaço para que a pessoa coloque os seus questionamentos, que devem ser respondidos de maneira bastante objetiva”, disse Araújo.

Procedimentos e RH

Todos os documentos e informações relativas ao funcionário têm de estar prontos e organizados. O profissional indicado para comunicar o desligamento nunca deve ser o de Recursos Humanos e, sim, o gestor direto.

O preparo do ambiente é outro ponto relevante. Uma sala reservada deve ser escolhida. “As possíveis reações também têm de ser levadas em conta. Se a pessoa se desestabiliza com facilidade, leve um copo d´água para o local e lenço de papel”, disse Araújo.

Além disso, a pessoa que está sendo desligada tem que estar ciente de todos os seus direitos, benefícios e quais serão os próximos passos. 

Para Araújo, qualquer companhia tem de ter políticas em relação ao back up das informações e no momento do recolhimento dos pertences. 

De acordo com o especialista, após o término do processo demissional, os empregados da área envolvida devem ser comunicados, de preferência pessoalmente. 

E, por fim, a última dica, mas não menos importante, é a de nunca deixar expectativa de retorno. Segundo ele, o "demitido" precisa ser preparado para recomeçar no mercado de trabalho. "A esperança de voltar à empresa no futuro pode atrapalhar o profissional na procura de emprego. Não se deve dirigir um carro sempre olhando para o retrovisor", completou.


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