Tabata Pitol Peres
A taxa de inadimplência dos brasileiros registrou queda de 0,5% em outubro deste ano, frente ao mesmo mês do ano anterior, revela o Indicador Serasa de Inadimplência do Consumidor, divulgado nesta quarta-feira (11). Esta é a primeira queda na comparação anual em 2009.
Por outro lado, na comparação mensal, outubro contra setembro de 2009, o indicador aponta elevação de 0,4% na inadimplência do consumidor. Já no acumulado do ano, o levantamento aponta alta no número de inadimplentes, de 7,9%.
De acordo com os técnicos da Serasa Experian, apesar da reativação econômica, com a recuperação da renda e a normalização na oferta de crédito, a inadimplência acumulada no ano ficou um pouco acima da verificada entre janeiro e outubro de 2008/2007 (alta de 7,5%), período caracterizado, principalmente, pelo crescimento econômico. Entretanto, para o fechamento de 2009, em relação ao ano passado, a inadimplência do consumidor deverá crescer numa razão abaixo da verificada entre 2008/2007, que foi de 8,0%.
Tipos de dívidas
- Inadimplência em novembro é a maior desde 2005, diz Serasa
- Inadimplência com cheque é a menor em seis anos, revela Serasa Experian
- Inadimplência sobe frente a fevereiro, mas tem queda recorde na análise anual
- Consumidores que recebem de 5 a 6 salários mínimos são os mais inadimplentes
- Inadimplência do consumidor deve subir ainda neste semestre, diz Serasa
Analisando os dez primeiros meses deste ano, mais uma vez, as dívidas com os bancos permaneceram em primeiro lugar no ranking de representatividade: a participação desta categoria foi de 44,6% do total de vencimentos não pagos. No mesmo período do ano passado, este percentual era de 43,2%.
Já os débitos com cartões de crédito e financeiras ficaram com a segunda posição e 36,2% de participação - maior do que os 33,1% registrados nos primeiros dez meses de 2008.
Cheques sem fundos e protestos
Os cheques sem fundos, por sua vez, ficaram em terceiro lugar na representatividade das dívidas, com 17,3% do total, índice menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior (+21,5%).
Por último, e com menor impacto no indicador no período analisado, aparecem os títulos protestados, cuja proporção foi de 1,9%, inferior ao mesmo período do ano passado, quando o percentual registrado foi de 2,2%.