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Lojas populares também aderem ao comércio eletrônico

Lojas populares estão no comércio eletrônico.

Para que carregar sacolas e sacolas de compras? Quando o cliente procura facilidades, os lojistas tentam oferecê-las. A tendência chegou aos chamados centros comerciais populares, como a Rua 25 de Março e o  Bom Retiro. Seja no atacado ou no varejo, as compras feitas pelo computador não param de crescer.

No Bom Retiro, 30% dos 1,2 mil lojistas aderiram ao comércio eletrônico, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas. O proprietário da Cia. das Calcinhas, Marcelo Mattoso, é um deles. Ele começou a usar a internet  no final do ano passado – e as compras virtuais já respondem por 10% do total. A expectativa é de o índice, até o final de 2009, chegar a 20%. "É uma tendência de mercado. Consumidores de todo o Brasil fazem pedidos. Com uma vantagem: o site serve como um chamariz. As fotos dos produtos atraem para a loja física", afirma Mattoso.

Uma das casas mais tradicionais da Rua 25 de Março, o Depósito de Meias São Jorge,  aderiu à tecnologia há seis anos – é uma das pioneiras. Naquela época, o negócio pela internet registrava aproximadamente três pedidos por dia. Hoje, chegam a 200. "O crescimento anual das vendas é de 20%. E o varejo rende mais. Quem compra pelo atacado prefere conversar com a vendedora,  pelo telefone. Os preços são os mesmos oferecidos na 25 de Março. Os produtos são enviados por Sedex – o consumidor arca com as despesas do correio. Algumas lojas alardeiam  frete grátis, mas os gastos são embutidos no preço", afirma o diretor do Depósito São Jorge, Jorge Dib.

O site Moda em Atacado abriga aproximadamente 30 lojas do Brás, 25 de Março e Bom Retiro. As atividades começaram no final de 2007, com três grifes. "Muitos lojistas nem usam o computador no dia a dia, e é difícil convencê-los a utilizar a ferramenta para vender peças  de  moda feminina e masculina, bolsas, acessórios, calçados. Aproximadamente 80% das aquisições são para fora de São Paulo.

"As vendas no primeiro semestre deste ano já foram maiores em relação às registradas em todo ano de 2008!", diz a diretora comercial do site, Karina Higashino.  O investimento, para o lojista, é de R$ 4,5 mil ao ano. '

O proprietário do site QuickGone, Maurice Saad, investiu a experiência adquirida com tecidos para criar a página na internet. Lá, as pessoas encontram itens de moda e de decoração. "O maior desafio do lojista, hoje, é a credibilidade – os internautas têm medo de comprar pelo computador." Para resolver esse problema, Saad criou um serviço de atendimento ao cliente. "Com o tempo, conquistaremos a confiança dos clientes."

Em franca expansão – De acordo com a e-bit, empresa especializada em informações sobre comércio eletrônico, parte dos consumidores de baixa renda, que frequentam os centros comerciais populares,  já realizou alguma compra online. O comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 8,2 bilhões no ano passado, um aumento de 30% em relação a 2007. O levantamento da e-bit mostra que no quarto trimestre de 2008, em comparação a igual período de 2007, os dez maiores varejistas perderam 3,2 pontos percentuais de participação no mercado. Os pequenos e médios, por sua vez,  ganharam 6% na participação.

 


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