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Mercado animado derruba dólar

Moeda brasileira se fortalece com bons ventos de Brasília que apontam uma melhora na governabilidade do presidente da República

Fonte: O Autor

dólar à vista abriu esta segunda-feira, 11, em queda perante o real. Por volta das 11h50, a moeda norte-americana tinha baixa de 0,32%, a R$ 3,084 na venda. O motivo, segundo analistas, é que de Brasília chegam boas notícias. E até o cenário internacional colaborou.

“O fortalecimento da moeda brasileira é, com certeza, uma reação ante uma melhora na governabilidade de Michel Temer. O fato é que os investidores estão animados com o cenário político e econômico do país”, afirma o professor de Economia da IBE-FGV, João Mantoan, diretor do Economies Consultoria Empresarial.

O tom positivo do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para a reforma da Previdência foi um dos aspectos que contribuiu. Segundo ele, o governo decidiu “retomar com ênfase a reforma da Previdência”, que deve ser aprovada em outubro.

A produção industrial de julho superou as estimativas do mercado. A economia cresceu 0,2% no segundo trimestre, na comparação com o trimestre passado e 0,3% em relação ao mesmo período do ano passado, interrompendo uma sequência de 12 quedas, de acordo com o IBGE.

Além disso, o corte de um ponto percentual da Selic para 8,25% ao ano, o menor nível em mais de quatro anos, também comprova que a economia pode, finalmente, estar entrando nos trilhos.

Mas, nada foi tão enfático para o mercado quanto as afirmações do ex-ministro Antonio Palocci sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Com o possível prejuízo à imagem de Lula, os investidores analisam como menores as chances dele disputar a presidência em 2018, o que seria ruim para os negócios no país”, esclarece Mantoan.

No exterior, o enfraquecimento do furacão Irma nos EUA e a não realização de novos testes nucleares pela Coreia do Norte no fim de semana aumentaram a disposição do investidor estrangeiro para ativos de risco.

Afinal, dólar em baixa é bom para o mercado brasileiro?

De acordo com o professor de Economia, quando a moeda norte-americana enfraquece, há duas situações a serem observadas.

Ele afirma que alivia o mercado no aspecto da recessão, pois acaba segurando a inflação ao reduzir alguns custos do mercado. “O dólar mais baixo diminui o preço de produtos feitos no Brasil com matéria prima importada e empurra para baixo o valor da revenda de artigos importados no Brasil”, explica.

“Porém, o enfraquecimento do real impacta a balança comercial negativamente. As exportações geram menos divisas para o país e, automaticamente, fazem com que a balança comercial tenha uma tendência de queda”, finaliza João Mantoan.


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