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Assessoria contábil, mas com foco na estratégia

por Gazeta Mercantil "Passamos a precisar de uma assessoria contábil mais específica, com visão de longo prazo", diz diretor comercial da Cone Sul EmbalagensApesar de ainda não estar totalmente disseminado, o conceito de que para maximizar os resultados e diminuir os custos é preciso levar em conta as informações contábeis e usá-las de forma estratégica nas decisões da empresa está, aos poucos, começando a atingir algumas companhias de pequeno e médio porte.Uma delas é a Cone Sul Embalagens, empresa fabricante de embalagens de papelão localizada em Santana de Parnaíba (SP), a 35 quilômetros de São Paulo. Nesse caso, a necessidade de usar a contabilidade como parte da estratégia da empresa surgiu quando a companhia passou a apresentar altos índices de crescimento.De 2000 até 2007, a companhia cresceu a uma média anual de 27% e, por isso, passou a demandar um controle maior de seus dados contábeis. "Passamos a precisar de uma assessoria contábil mais específica, com visão de longo prazo", define Robson Gonçalves, diretor comercial da empresa.Antes dessa percepção, Gonçalves confessa que a contabilidade da Cone Sul Embalagens era voltada especificamente para as questões relativas à declaração de imposto de renda, como acontece com a maioria das empresas de pequeno e médio porte. O crescimento da empresa fez com que o diretor passasse a demandar um respaldo maior na área contábil, com mais influência na gestão.A decisão de mudança culminou na contratação, esse ano, da R&NV Consultoria, empresa de assessoria contábil e jurídica, e impactou, principalmente, a gestão das matérias-primas.Com o alinhamento da contabilidade com a administração da empresa, foi possível concluir que havia uma quantidade de estoque maior do que a necessária para atender os clientes. Com essa constatação, a Cone Sul conseguiu uma economia de 15% com a compra da matéria-prima na quantidade correta. "Percebemos que era possível atender aos clientes normalmente com menos estoque do que tínhamos, ou seja, investindo menos", lembra o diretor comercial da Cone Sul.Márcio Rodrigues, contabilista e sócio da R&NV Consultoria, conta que, ao analisar a contabilidade da Cone Sul Embalagens, percebeu, após fazer análises contábeis e tributárias, que o cliente tinha dinheiro parado em estoque em forma de matéria-prima e, no entanto, não tinha a liquidez em caixa necessária.Para resolver o problema, primeiro a R&NV conferiu se o regime de impostos no qual a Cone Sul estava se enquadrando era o mais adequado para as características da empresa. A partir dessa análise, o contabilista percebeu que seria mais vantajoso incluir a companhia no regime de Lucro Presumido do que em Simples, método que vinha sendo utilizado. A escolha tributária correta gerou economia e maior liquidez."Só após escolhermos o imposto mais indicado, o que gerou economia e liquidez de caixa, passamos a fazer relatórios gerenciais constantes e controle dos custos é que percebemos que a Cone Sul tinha mais estoque que o necessário", conta Rodrigues.Por conta das medidas adotadas, a Cone Sul, que tem nove funcionários, comercializa embalagens de papelão para todo o Brasil e produz 50 toneladas ao mês, pretende manter o crescimento registrado nos últimos anos também em 2009, apesar da crise econômica. "Devemos crescer 26% no ano que vem", diz Gonçalves, com números exatos que só uma boa gestão pode ter.


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