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Diminui otimismo do brasileiro

Mas confiança continua alta, de acordo com levantamento realizado pela Associação Comercial de São Paulo com o Instituto Ipsos.

O consumidor se mostrou menos confiante em junho de acordo com o Índice Nacional de Confiança (INC) elaborado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em parceria com o Instituto Ipsos. No mês, o indicador marcou 143 pontos, o que configurou queda de três pontos na comparação com o resultado obtido em maio.

Mesmo assim, o índice de confiança se mantém em um patamar positivo, bem acima do que era registrado em junho do ano passado (123 pontos), quando a crise mundial ainda assustava o brasileiro, mas também em patamar superior ao auferido em junho de 2008 (139 pontos), ano considerado dos mais positivos da economia brasileira. O INC varia de zero a 200 pontos, sendo que os resultados acima de 100 pontos mostram otimismo, enquanto os inferiores desse parâmetro revelam pessimismo.

Para Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (ACSP), a cautela do consumidor é um reflexo do receio de aumento dos custos futuros por conta da elevação dos juros. "A moderação é um ótimo sinal para uma economia consciente. Principalmente quando há sinais de inflação e de perspectiva de alta dos juros que não se justificam no quadro atual", diz Burti.

Esse efeito pode ser o responsável pela queda na disposição dos consumidores em comprar bens de maior valor agregado. Quando os entrevistados foram questionados sobre a disposição para comprar eletrodomésticos, 44% dos entrevistados mostraram essa vontade. Em maio, o percentual era maior, com 49% dos ouvidos dispostos a comprar eletrodomésticos. Em abril, mais da metade dos entrevistados (52%) demonstravam essa disposição.

Juros – Para Emilio Alfieri, economista da ACSP, o resultado de junho sugere que o consumidor sentiu alguma alteração nas condições de oferta de crédito. "Os juros estão subindo, o que afeta de maneira imediata as dívidas contraídas com cartão de crédito", diz.

A população das regiões Norte e Centro-Oeste continuam sendo a mais otimista, atingindo 157 pontos em junho, mas o resultado revela queda expressiva, visto que em maio a confiança dos entrevistados dessas regiões registrava 172 pontos. O otimismo da região Nordeste caiu, nessa mesma comparação, de 133 pontos em maio para 120 pontos em junho. No Sudeste, a queda foi de 157 para 151. Apenas a região Sul se mostrou mais otimista em junho, passando de 130 pontos auferidos em maio para 151.

A classe C continua sendo a mais otimista, embora o resultado de junho em relação ao de maio, tenha revelado queda na confiança dessa camada, de 153 pontos para 151. Não foi diferente para a classe A/B, que auferiu 133 pontos em junho, ante 135 em maio. As classes D/E apresentaram 130 pontos em junho, também com queda na confiança em relação ao mês anterior, com 137.

Emprego – A confiança no emprego permanece em um nível considerado alto, porém o levantamento de junho também mostrou queda. Dos entrevistados, 41% se disseram mais confiantes com relação ao emprego. Em maio, o percentual era de 44%. Houve queda também entre os menos confiantes. O estudo mostrou que 19% estavam menos confiantes no emprego em junho, contra 21% maio.

Com relação à confiança do consumidor no futuro da economia da sua região, os que acham que ela vai ficar mais forte caiu em junho para 42% dos entrevistados (45% em maio), contra 7% que acham que vai ficar mais fraca, sendo que 8% tinham essa percepção em maio.


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