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Bancos prevêem economia estagnada e aumento da inadimplência em 2009

A economia brasileira deve ter um ano de estagnação em 2009

Daniel Mello

 

A economia brasileira deve ter um ano de estagnação em 2009, com crescimento de apenas 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a produção total de riquezas do país, de acordo com levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgado hoje (24).

O crescimento fraco mostra uma desaceleração significativa em relação aos 5% de expansão registrados no ano passado, explicou o economista-chefe da federação, Rubens Sardenberg

No entanto, segundo ele, o Brasil está em uma situação mais confortável do que outros países. “A idéia é de que a economia brasileira vai ficar praticamente estagnada num cenário em que a economia mundial vai sofrer um corte do PIB”, disse.

Mesmo com a estagnação deste ano, a pesquisa reflete um otimismo em relação à recuperação da economia brasileira. Espera-se um crescimento de 3,2% no PIB de 2010.

O estudo mostra também uma previsão de um dos maiores índices de inadimplência desde 2000, com os atrasos no pagamento de parcelas de empréstimos podendo chegar a 5,4%. Rubens Sadenberg reconheceu que o número é elevado, mas garantiu que está “dentro de um patamar controlável”.

Apesar do aumento da inadimplência, as taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras estão em tendência de queda, segundo o economista. A diminuição no custo do crédito deve ser acompanhada por uma redução na demanda por financiamento, estimada em 13,9% para pessoas físicas e 15,8% para pessoas jurídicas.

Caso a tendência de queda nos juros se confirme, as compras a prazo podem ficar mais interessantes. Atualmente, o preço do crédito ainda reflete os efeitos da crise financeira.

A taxa básica Selic, definida pelo Banco Central, deve cair para 10,25% ao ano em abril e chegar a 9,25% ao ano em junho, nível que poderá ser mantido pelo resto do ano, de acordo com as expectativas dos bancos. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está estimada em 4,3%, abaixo da meta do governo de 4,5%.


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